Para
algumas noivas, guardar apenas o vídeo e as fotos da festa do "grande
dia" parece não ser o suficiente. Em busca de mais uma recordação do
casamento, muitas delas optam por buquês de flores preservadas ou guardam o
arranjo desidratado depois da cerimônia. Segundo comerciantes que trabalham com
a técnica, se mantido em uma espécie de quadro que protege as flores com uma
cúpula de vidro, o arranjo preservado pode durar até 15 anos.
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Fotos Flor de Cór |
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Fotos Flor de Cór |
“As
flores preservadas são importadas da Colômbia e passam por um processo químico
que garante que o arranjo não murche. Quando guardadas em um vaso [apenas de
decoração, sem água ou terra e ao ar livre], elas duram por até dois anos”,
explica Sylvia Montenegro, proprietária da Flor de Cór, que trabalha com esse
tipo de flor há cinco anos. Por isso, as flores preservadas também são uma
alternativa para quem quer, além de manter o buquê, recebê-lo dias antes da
cerimônia para evitar preocupações na última hora.
Entre
os tipos de flores preservadas encontradas no mercado, estão as rosas de
diversos tamanhos e cores, cravos, gardênias, orquídeas, hortênsias, minicallas
e crisântemos. “Há muitas noivas que pedem tulipas e peônias, mas essas são
encontradas somente frescas. Nem todas as espécies se adaptam à química usada
na preservação”, afirma Sylvia.
Segundo
Silvia Planet, proprietária da floricultura Fleur d’Épices, esse tipo de buquê
também é indicado para noivas que desejam flores que estão fora da época ou
para arranjos feitos com espécies difíceis de encontrar ou que duram pouco, por
serem mais sensíveis. “A hortênsia é um exemplo clássico”, afirma.
Outro
atrativo são as tonalidades, já que é possível mudar o tom da flor através da
técnica de preservação. “Mulheres que preferem cores mais vintage, como rosa
antigo, chá e bege, amam os buquês preservados”, afirma. As noivas ainda usam
esse tipo de flor em enfeites para o cabelo e em pulseiras que podem servir de
presentes para as madrinhas do casamento. Se colocadas em uma caixinha mais
bonita, as flores podem ser opção de lembracinha para os convidados.
Como
não murcham facilmente, os buquês desse tipo, muitas vezes, também podem ser
enviados pelo correio. A prática é comum entre as empresas que têm clientes
fora de São Paulo. No entanto, para ter um buquê preservado, a noiva terá de
desembolsar pelo menos R$ 500. Para enquadrar, o valor ultrapassa os R$ 1.000,
dependendo do material e das flores escolhidas.
Flores
desidratadas
Para quem não abre mão de um buquê de flores convencionais, mas ainda assim
deseja guardá-lo, uma opção é a desidratação das flores. Nesse processo, a
noiva tem de reservar o buquê depois da cerimônia e enviá-lo a uma empresa
especializada. Por isso, nada de jogá-lo para as amigas solteiras.
“A
noiva deve colocar o arranjo na geladeira e protegê-lo com um saco plástico
logo após a cerimônia. Depois, buscamos o buquê”, explica Magali Carneiro, dona
da Magali Flores, empresa que faz esse serviço.
Após
ser desidratado, o buquê é emoldurado e dura, em média, dez anos. Mas as noivas
devem ficar atentas ao escolher esse método de conservação, já que nem todas as
espécies ficam bonitas depois de secas. “As orquídeas são as que melhor aceitam
passar pelos processos químicos, seguidas das rosas, lírios e hortênsias. Já os
lisiantus, as gérberas, o girassol, a dália e a boca-de-leão, não se adaptam”,
diz Magali.
Mais
uma vez, não sai barato manter o buquê por meio da desidratação. O processo
custa a partir de R$ 600. No entanto, a memória do casamento será preservada
por anos e anos.